"Pensei que era moleza mas foi pura ilusão
Conhecer o mundo inteiro sem gastar nenhum tostão"
(Melô do Marinheiro - Os Paralamas do Sucesso)
Esse blog é dedicado a todos que voam, que já voaram e que sonham em voar!





quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Base Rio!


A notícia ainda é meio AFA, mas já está ganhando terreno e se tornando mais concreta. E pela minha experiência, uma AFA repetida várias vezes acaba se tornando verdade.

As companhias aéreas vão implantar base para tripulantes no Rio de Janeiro. A Tam, ao que tudo indica será a primeira, mas outras virão logo atrás.

Em um país do tamanho do Brasil, com dimensões continentais, nada mais sensato do que fazer base de tripulantes em outros estados. Para que concentrar tudo em São Paulo, obrigando funcionários a se deslocarem para lá e para cá com o passe de tripulante?  Mesmo sendo isso direito adquirido esses funcionários ainda tem que passar por constrangimentos, como foi a matéria de uma cavalgadura que se diz jornalista intitulada Os caroneiros dos ares.

A base Rio ainda é pouco para atender a demanda de um país com um território do tamanho do nosso. O mais correto seria criar bases de tripulantes em outras cidades estratégicas como Brasília, por exemplo. O aeroporto de Brasília é onde se faz a maioria das conexões de voos vindos do Sul e do Sudeste com destino ao Norte e Nordeste e vice versa. Uma base de tripulantes lá seria sensato e facilitaria a vida não só dos tripulantes mas também dos usuários.

A justificativa de não criar outras bases para tripulantes por ser muito oneroso nunca me convenceu. Outras empresas tiveram durante anos bases em diversos estados. Para mim isso tem cheiro de jogada política, de concentrar o poder e o dinheiro e na mão de poucos e não correr o risco de perde-los ou dividi-los.

Então vamos todos mentalizar para que a AFA em breve se torne realidade! Amém e Namastê!

Atualizando: Gente, a mentalização funcionou! A base Rio da Tam agora é uma realidade! A princípio somente os tripulantes que já trabalham na empresa podem se cadastrar, apresentando um comprovante de residência. O critério para a transferência de base deve ser a antiguidade. Mas a porta se abriu, e nas próximas seleções os candidatos podem ter a chance de optar.
Eu não disse que uma AFA repetida várias vezes se torna verdade? Não falei? Não falei? rsrs
A Base Rio começa a funcionar em Outubro.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A bordo da Webjet

Quando eu falei que ia viajar de Webjet os comentários das pessoas foram mais ou menos assim: "Nossa, você tem coragem?" ou "Vai passar fome! Agora o serviço de bordo é todo pago!" ou ainda "Os assentos não reclinam, você vai chegar moída!"


As duas últimas frases são verdade. O serviço de bordo é nos moldes das companhias aéreas de baixo custo da Europa e Estados Unidos. Quer comer? Então tem que pagar. Até a água é cobrada. Os assentos não reclinam porque foram acrescentadas mais fileiras de assentos no avião para aumentar sua capacidade. Também seguindo os padrões das companhias aéreas de baixo custo da Europa e Estados Unidos.

O que eu não entendo é o povo brasileiro, que vive alardeando que tudo no "primeiro mundo" é melhor, as empresas aéreas estrangeiras é que são maravilhosas, que o Brasil é isso, que o Brasil é aquilo. Mas na hora de meter a mão no bolso para pagar uma lata de refrigerante, reclama! Se fosse na Europa iriam achar finíssimo!

Quanto a mim, avião é apenas um meio de transporte. Quando eu quero comer vou a um restaurante. E pago por isso.
As poltronas que não reclinam são incômodas em voos mais longos. Mas em etapas de uma hora e pouco dá para aguentar. Então isso também não foi problema.

Quanto à coragem de usar uma companhia aérea que foi recentemente vendida e que a manutenção nunca foi lá essas coisas eu confesso que contei com  a proteção do meu anjo da guarda e com a intuição que aquela ainda não era a minha hora.

Coragem mesmo quem tem são os comissários. Eles trabalham em três, num avião de quatro portas com quase cento e cinquenta assentos. Numa emergência eles vão ter mostrar rapidez, entrosamento e muita, mas muita coragem!

Perguntei a eles como ficará a situação com a venda da Web para a Gol. Ninguém ainda sabe. É uma incógnita. Perguntei também como é trabalhar com um comissário a menos. Quando o voo é tranquilo não tem problema, mas em certos voos o pau come.

Em relação ao serviço de bordo pago, no princípio os passageiros ficaram indignados. Muitas reclamações e dedos na cara, mas depois se acostumaram.

Com todos esses problemas não vi ninguém de cara feia, tenso ou mal educado. Pelo contrário. Trabalhavam  tranquilos, eram simpáticos com os passageiros. Não usavam aquela fraseologia padrão e um tanto forçadas que a gente escuta nas aeronaves.

Eu sei o quanto custa trabalhar com um sorriso no rosto quando a empresa que paga o seu salário está indo para o buraco. E quanto custa manter esse sorriso quando as condições de trabalho são adversas.
Isso é que faz a diferença do bom para o mal profissional. E espero sinceramante que todo esforço desses profissionais seja recompensado.