Se você já teve curiosidade de saber o que fazem os comissários quando não estão trabalhando a bordo de aeronaves e também não estão de folga em suas bases, esta é a oportunidade de saber.
Muitas especulações são feitas, muitos mitos existem. Na verdade a profissão de comissário, assim como de piloto é muito solitária.
Um dos motivos que fazem as pessoas procurarem a profissão é a falta de rotina que ela proporciona. Mas se esquecem que a rotina, apesar de chata serve para nos dar segurança.
Tirar a pessoa do seu meio, priva-la das coisas e pessoas com as quais ela está acostumada, sua família, seus amigos, sua casa, sua cidade pode causar reações que variam de saudades a uma depressão ou síndrome do pânico.
Comissários são seres gregários. Geralmente andam em grupo. Nos pernoites, para compensar a ausência dos entes queridos e dos lugares que lhes são familiares, elegem outros para frequentarem.
Restaurantes, bares, lojas, shoppings, etc., que uma vez "descobertos" são divulgados na base do boca-a-boca para os demais e se tornam redutos de tripulantes por algum ou bastante tempo.
Até que se descubra um local mais adequado. Ou até alguém pisar na bola e queimar o filme dos demais colegas. Aí a gentileza no tratamento daqueles que gastam seu dinheiro no estabelecimento e ajudam a divulga-lo se transforma em "carão" e má vontade.
Ou até que o olho grande do comerciante coloque tudo a perder.
Em Santiago do Chile, por exemplo, havia uma loja de vinhos que costumava dar desconto aos tripulantes que compravam lá. A notícia, claro, foi passando de boca em boca e em pouco tempo todo mundo frequentava a loja.
Mas a ganância subiu à cabeça do gerente e dos vendedores da loja. Assim que o grupo de tripulantes era avistado, iniciava-se uma disputa para ver quem iria atende-los. Misteriosamente os preços subiram e os descontos deixaram de existir.
Claro que os tripulantes foram procurar outros lugares para gastar seu dinheiro, e os vendedores da loja ficaram a ver navios.
Bem feito!
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